Achei extremamente "comovente" e tocante a forma como
Jaime Nogueira Pinto defendeu ontem a sua "dama", ao longo de quase uma hora. Refiro-me obviamente ao documentário dedicado a António de Oliveira Salazar, inserido no concurso da RTP,
Os Grandes Portugueses, onde o incansável Jaime apelou ao coração dos portugueses, enaltecendo o patriotismo, o altruísmo, a abnegação, a sobriedade, a parcimónia e a dedicação que o velho estadista regalou tão generosamente à nossa Pátria.
Como se tudo isso não bastasse para nos trazer uma teimosa lágrima ao canto do olho, achei verdadeiramente enternecedora a forma como o advogado da causa salazarista procurou branquear o assassinato de opositores políticos ao regime - no sinistro Tarrafal -, argumentando que tais acontecimentos deveriam ser lidos e interpretados como naturais à época - pese embora o respeito que os familiares dessas vítimas lhe mereciam - até porque era também o período em que Hitler exterminava judeus e Franco aniquilava aqueles que a ele se opunham.
Comovente...