QUANDO A HISTÓRIA SE REPETE
Há 80 anos um lunático traçava na Alemanha um plano de expansionismo da sua nação e da ideologia nazi. A Europa estava em letargia, os Estados Unidos eram omissos, a União Soviética era aliada dos nazis e Hitler invadia pela força das armas os países vizinhos. Felizmente havia um primeiro-ministro inglês chamado Winston Churchill que se recusava a negociar com o tirano e pedia ao parlamento britânico luz verde para travar militarmente a ofensiva nazi. Era o único líder europeu a verdadeiramente alertar para o perigo que Adolf Hitler representava para o mundo.
Qualquer semelhança com a actualidade não é pura coincidência. A única diferença é que estamos agora órfãos de um estadista do calibre de Churchill.
Desde a crise da Crimeia, em 2014, que a Europa assobia para o lado e os EUA desvalorizam Vladimir Putin, enquanto este constrói a sua estratégia de reconstrução do império soviético.
Temos agora as tropas russas na capital Kiev, a invasão do território ucraniano consumada - ao atropelo do direito internacional - e os EUA e a União Europeia entre a espada e a parede. Não sendo a Ucrânia membro da NATO não poderá haver intervenção militar de defesa da soberania ucraniana, restando assim a tímida adopção de sanções internacionais, que apenas se limitam a fazer cócegas ao Kremlin, a maior potência nuclear do planeta, com mais de 6 mil ogivas.
Enquanto isso, a Rússia vai avançando no seu plano expansionista (Abecásia, Ossétia do Sul, Crimeia e Ucrânia), a seu bel-prazer, perante a inoperância dos velhos aliados, reféns do direito internacional, que tentam a todo o custo evitar uma terceira guerra mundial.
É incrível como a história se repete e como a humanidade continua a ter tão curta memória, dando como garantido algo que jamais o será: a paz mundial.