quinta-feira, junho 21, 2007

JANELA

Entre o quarto e o sexto morara,
Duma janela fronteira
Desta vez me conquistou.
Com atenção fixada nela,
Não saía da janela
Sem lhe dizer "aqui vou".

Falei-lhe uma vez, sorria,
Outra vez já respondia
Mas qualquer coisa a retém.
Um dia, tarde, vou vê-la,
E fui encontrar com ela
Um outro dela refém.

Enquanto nos meus êxtases
Contigo eu só sonhava
Teu seio se agitava
Pensando noutro amor;
Então... em minha cólera
Perdida toda a esperança
Jurei cruel vingança
Cumpri-a com rigor.

José Pinto Júnior