ROSETA AVANÇA EM LISBOA
Helena Roseta apresta-se para ser, tal como o seu amigo Manuel Alegre o foi nas presidenciais, uma verdadeira dor de cabeça para o Partido Socialista, procurando dessa forma condicionar o avanço de qualquer putativo candidato socialista.
Não vendo grande mérito ou coragem nestas iniciativas, parece-me é que esta ânsia de independência de Roseta e do poeta está carregada de puro revanchismo, tendo ambos declarado guerra ao partido, por motivos que grande parte de nós desconhecemos.
Tanto um como o outro se arvoram em defensores de grandes valores morais e éticos, mas aquilo que Alegre está a fazer com os votos que lhe dispensaram na última disputa presidencial, ou seja NADA, indiciam que Roseta também apenas terá como propósito desviar votos dos socialistas, entregando-os de bandeja a uma direita que quando consegue assentar arraiais nos Paços do Município, apenas tem revelado uma "competência" inigualável para depalidar Lisboa. Nada mais que isso.
Pensava que a arquitecta tinha aprendido a lição, aquando da sua passagem pela Câmara de Cascais, onde entrou com o beneplácito do PSD, de peito feito, tendo-se em pouco tempo - mesmo demasiado cedo - rendido aos múltiplos interesses que gravitam em torno da autarquia.
O curioso nesta corrida eleitoral intercalar que se antevê para Lisboa é que poderemos ter três despeitados "independentes" em compita: Maria José Nogueira Pinto, Helena Roseta e Carmona Rodrigues.
Que pode Lisboa ganhar com tudo isto? Em breve saberemos.
Por último: pelo menos em coerência Roseta bate claramente o poeta. É que esta pelo menos decide saír do partido onde se sente mal, ao passo que Alegre lá se vai refugiando nas últimas filas da bancada socialista no hemiciclo.
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